quarta-feira, 27 de junho de 2007

Manual do Transplante de Fígado

v Antes do Transplante

- Avaliação Social

- Avaliação Fisioterápica

- Grupo de Orientação

- Exames e retornos médicos

v Nutrição

- Avaliação Nutricional

- Adequação de Dietas

- Acompanhamento nutricional pré e pós transplante

- Dieta sem restrições do fígado após transplante

v Psicologia

- Avaliação psicológica quando solicitado pela equipe

- Acompanhamento pré e pós transplante

v Chamado para Transplante

- Tempo para chegada no HIAE: 4 horas

- Jejum absoluto

- Malas prontas + exames + documentos de identidade + acompanhante

v A Cirurgia

É importante saber, desde já, que mesmo após a sua internação o transplante poderá ser cancelado, geralmente por problemas com o doador. No centro cirúrgico você terá a equipe ao seu lado, enfermeiros, cirurgiões, anestesistas, clínicos, todos especializados em transplante.

O transplante de fígado é uma cirurgia de grande porte, realizado sob anestesia geral, onde você estará dormindo e sem sentir qualquer dor. A cirurgia dura, normalmente, ao redor de 6 horas. Após o término da operação, você será encaminhado à unidade de terapia intensiva (UTI), onde vai acordar.

v Pós – Operatório: UTI – Enfermaria

O período de permanência na UTI dependerá da sua evolução e dura, em média, 2 dias. A equipe de enfermagem irá fazer a administração de medicamentos, coleta de sangue para exames e outros procedimentos necessários para a sua recuperação. Os exercícios respiratórios (fisioterapia) são muito importantes nessa fase.

Após este período, você será transferido para um quarto da enfermaria, permanecendo internado cerca de 15 dias. Na enfermaria, você poderá ser acompanhado por seus familiares das 8 às 20h. Você será estimulado a sair da cama e a fazer exercícios freqüentes com a equipe da fisioterapia.

Antes da sua alta, a equipe de enfermagem treinará você e seus familiares, sobre como tomar os medicamentos, curativos e retornos ambulatóriais.

v Complicações

- Não funcionamento do enxerto ou trombose na artéria hepática.

- Infecção: Outra conseqüência da imunossupressão é o aumento do risco de infecções. Este risco é maior nos primeiros meses de transplante, pois a dosagem dos medicamentos ainda estará alta, deixando seu sistema imune menos ativo. No pós-operatório imediato há um maior risco de infecção, principalmente pulmonar e, por isso, a fisioterapia é essencial.

- Rejeição: A maioria dos pacientes apresenta algum grau de rejeição, sendo que 70% ocorrem entre o 7º e 10º dia de pós-operatório, mas poderá ocorrer em qualquer época. A rejeição é uma palavra que pode assustar os pacientes, mas quase sempre não representa complicação grave ou insucesso da cirurgia.

- Hepatite no fígado novo

- Dificuldade na drenagem de bile

v Cuidados após Transplante

Com a incisão cirúrgica:

- Manter a ferida cirúrgica limpa e seca;

- Lavar diariamente com água corrente e sabonete, secando após com toalha limpa;

- Atentar para qualquer sinal de vermelhidão, inchaço, saída de secreção;

- Comunicar seu médico e/ou Centro de Transplantes caso perceba algum desses sinais;

- No caso de pontos (costura) na pele, eles poderão ser mantidos com curativo em forma de “treliças”.

Com higiene corporal:

- O banho diário é necessário para evitar infecções;

- Lavar as mãos antes das refeições e após ir ao banheiro;

- Escovar os dentes e realizar higiene oral após cada refeição;

- As roupas de cama devem ser trocadas com maior freqüência;

- Evitar o contato com animais ou mantenha-os fora de sua casa;

- Evitar lugares fechados, pouco arejados e com muitas pessoa.

v O que se espera do transplante

A sobrevivência após transplante de fígado, devido aos grandes avanços na tecnologia empregada nesse procedimento, atinge ao redor de 80% no primeiro ano e 70% no 5º ano, isso significa que, após 5 anos, 70% dos pacientes transplantados estarão vivos e saudáveis, podendo variar de acordo com a indicação que motivou o transplante.

v Os imunossupressores

O seu corpo tem um sistema de defesa para proteger do que é “estranho”, como o novo órgão, através do sistema imunológico ( células especializadas de defesa que combatem as infecções), tentando combater o novo fígado (rejeição) e, por isso, a imunidade deve ser diminuída com medicações, os imunossupressores, que evitarão ou controlarão a rejeição.

Os imunossupressores deverão ser tomados diariamente após o transplante, pelo resto da vida. São drogas potentes que podem produzir alguns efeitos colaterais (reações), devendo ser tomados exatamente como receitados. Alterações na dosagem dos imunossupressores sem a orientação do médico poderão resultar em graves problemas.

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